O município de Brejão poderá vir a ser um potencial produtor da cultura “Oliveira”, no Estado, com a visita de Técnicos do IPA – Instituto Pernambucano de Pesquisas, da Secretaria de Agricultura do Estado e um israelense, nesta sexta-feira passada (18), à convite do Prefeito Sandoval Cadengue, quando avaliaram in-loco as condições para o seu cultivo.
Como se sabe o município pelo o que foi no passado recente o maior produtor de café pernambucano, e pelas suas condições de solo e clima, mais o alto índice pluviométrico médio anual, a equipe visitante saiu entusiasmada pelas características ideais identificadas, para a exploração da “Oliveira”. Para tanto visitando algumas áreas identificou na Fazenda Amizade, do Senhor Miguel Paes, aquela que será experimental (3,0 Ha) para iniciar o cultivo desta planta milenar no município, para produção de azeite.
De acordo com os técnicos, o Brasil importa 100% da azeitona de mesa e do azeite que consome, o que corresponde a cerca de US$ 600 milhões por ano. Para diminuir esse valor e proporcionar mais uma alternativa para o agronegócio, o IPA deve ali desenvolver pesquisas e identificar as variedades de oliveiras na região. Deverá realizar a extração de azeite, mas poderá por consequência produzir azeitonas para mesa e deverá trabalhar com técnicas avançadas de multiplicação com elevada sanidade vegetal e com idoneidade genética.
Oliveira - Introduzida no Brasil, em 1938, como cultura comercial, normalmente é cultivada em regiões semi-áridas do mediterrâneo, com elevada temperatura e baixa pluviometria nos meses secos. Pertence à família botânica Oleácea, que compreende espécies de plantas distribuídas pelas regiões tropicais e temperadas do mundo. Ao todo, existem 35 espécies do gênero Olea.
A vida de uma oliveira tem quatro ciclos: de 1 a 5 anos ocorre a instalação, de 6 a 25 anos, o crescimento, de 25 a 150 anos, a maturação e, após 150 anos, a produção começa a diminuir. A maioria dos produtores no Brasil se concentra nos estados do Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Anualmente, são necessárias 50 mil toneladas de azeite e 35 mil toneladas de azeitonas para o abastecimento do mercado nacional. Além das vantagens econômicas, propiciadas por um grande mercado consumidor, azeitonas e azeite de oliva são produtos que possibilitam agregação de valor e geração de emprego e renda.
Com a implantação desse experimento no município acredita-se que será mais uma das boas alternativas para os produtores e possibilidade de emprego e renda da população.
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