Câmara aprova piso nacional para agentes comunitários de saúde
BRASÍLIA - A
Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, 7, por unanimidade, a
Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que estabelece um piso nacional para os
agentes comunitários de saúde e de combate a endemias. O projeto, que volta
para votação no Senado por ter sofrido alterações na Câmara, vai causar um
gasto anual de cerca de R$ 1,4 bilhão à União. Portanto, os Agentes do
município serão evidentemente beneficiados, parabéns.
O governo era contra o projeto e
articulou o adiamento por oito anos, mas não conseguiu evitar a votação com a
proximidade do período eleitoral. Juntas, as duas categorias representam 400
mil trabalhadores no país. Na votação desta quarta, com a maioria dos partidos
a favor da PEC, a liderança do governo resolveu liberar as bancadas.
“A posição de todos os partidos
da base e da oposição mostra a força desta Casa. O governo participou e
continua participando de todas as negociações, mas ainda não pode colocar um
sim naquele painel e libera sua base por entender a vontade unânime de sua
base“, afirmou o líder interino do governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS).
Pelo projeto, o piso dos agentes
de saúde e de combate a endemias será de 140% do valor do salário mínimo, o que
vai aumentar ainda mais os gastos com a política de valorização do mínimo.
O governo federal ainda vai ter
que repassar R$ 1.014 por mês para cada agente de endemias contratado pelas
prefeituras – são cerca de 120 mil. O valor já é repassado para os prefeitos
pagarem os salários dos agentes de saúde mas, se sancionada a PEC, vai virar o
piso das duas categorias – os prefeitos hoje usam parte do recurso para pagar
encargos trabalhistas e previdenciários, o
que reduz o montante que chega aos agentes.
“Os prefeitos não têm como ficar
contra. Vão ter que custear com recursos próprios os encargos trabalhistas e
previdenciários, mas vão ter uma folga ao não pagarem mais o salário dos
agentes de endemias”, disse o líder do PSC, deputado André Moura (SE), que foi
um dos interlocutores da categoria com o governo.
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