Transposição do Rio São Francisco: será mesmo uma solução?
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Canal que levará água nordeste afora |
A obra prevê a construção de mais de 600
quilômetros de canais de concreto em dois grandes eixos (norte e leste) ao
longo do território de quatro estados (Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande
do Norte) para o desvio das águas do rio, inclusive o município de Brejão
deverá ser beneficiado.
Ao longo do caminho, o projeto prevê a
construção de nove estações de bombeamento de água. O qual recentemente foi
licitado o primeiro eixo.
Em audiência pública no Senado no ano passado
(11/XII/2012), o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho,
disse que a transposição do Rio São Francisco deverá estar concluída em 2015.
Ele reconheceu que o projeto “não se encontra no ritmo em que deveria estar”,
mas ressaltou que 43% da obra já foram executados e que 33 contratos
encontram-se em execução.
Entre as principais
dificuldades enfrentadas pelo projeto, que prevê custo total de R$ 8,2 bilhões,
Fernando Bezerra citou falhas no projeto básico da obra, iniciado em 1999; o
abandono da obra por algumas empresas; a fragmentação da obra entre 90
construtoras; a inexistência de titularidade de terras; a burocracia ligada às
desapropriações; e a necessidade de incrementos e adição de serviços novos, que
culminaram na paralisação de lotes da obra em 2009 e 2010.
- A negociação de cada um desses
contratos é uma dificuldade infernal, em função daquilo que encontramos, fruto
de decisões [anteriores] tomadas com amparo legal, pela dimensão e pela
complexidade da obra – afirmou.
Mas perguntam-se: apenas com a transposição estão
mesmo evidentemente resolvidos todos os problemas relacionados com a falta
dágua no nordeste? Ou será preciso outras ações complementares, em particular
aquelas que dêem condições aos produtores utilizaram esta mesma água para
produção de grãos e outras explorações relacionadas as suas atividades?. Caso isto
não seja possível, ajuda, mas não resolve.
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